Com o objetivo de encerrar a exposição ‘Encontro com o Porvir: Trajetórias de educadores que transformam o presente e constroem o futuro’, que recebeu mais de 70 mil visitantes, especialistas em educação se reuniram no Museu Catavento, em São Paulo. Em um diálogo descontraído e leve, Silvia Lima, gerente de formação e advocacy do Instituto Ayrton Senna, o professor de geografia Paulo Magalhães e Carolina Luvizoto, gerente de educação da Faber Castell, trouxeram perspectivas ricas sobre os caminhos e ferramentas para que o professor possa inovar em sala de aula.
Ao iniciar o debate, Tatiana Klix, diretora-executiva do Instituto Porvir, organização de inovação em educação, ressaltou a importância de uma educação conectada com o século 21. “Acreditamos que todos os alunos têm direito a uma educação significativa, que promova o desenvolvimento integral”, disse. Ao falar sobre como inovar na sala de aula, Paulo Magalhães, professor de geografia da rede estadual de SP, ressaltou o papel do professor neste processo. “A educação se transforma por meio do ato do professor. Claro, há dificuldades, mas precisamos quebrar as barreiras de quem acredita que é preciso ficar apenas dentro quatro paredes da sala de aula”, defendeu. Premiado nacional e internacionalmente pelo projeto “Aula pública” iniciado em 2016, Paulo leva os estudantes a conhecerem o entorno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias e a comunidade do bairro do Glicério, região central da capital paulista.
Ainda ao falar sobre a importância de apoiar o professor a inovar, Silvia Lima, gerente de formação e advocacy do Instituto, ressaltou que é importante criar ferramentas para que os educadores busquem seu autoconhecimento. “Todos nós desenvolvemos diferentes competências socioemocionais enquanto estamos trabalhando um com o outro, com os alunos, com os pares. As redes se compõem em espaços formativos”, disse. A educadora também falou sobre como a inventidade, competência relacionada à capacidade de inovação do professor, pode trazer benefícios também aos estudantes. “Quem inova, sempre busca diferentes formas para alunos diversos. Isso contribui com o desenvolvimento cognitivo e no desenvolvimento socioemocional desses estudantes”, completou.
Carolina Luvizoto, que lidera o Programa de Aprendizagem Criativa, da Faber-Castell, ressaltou, entretanto, que a inovação não pode passar apenas pelo professor. “Ele não pode estar sozinho. Dependemos da gestão e de políticas públicas que garantam processos de inovação. É importante trazer o esforço pessoal para as políticas, em ações mais amplas e sistêmicas”, defendeu.
Sobre a exposição
A conversa encerrou três meses da exposição promovida pelo Porvir, que homenageou 10 professores de todo o Brasil. Além de ressaltar diferentes formas de aprender, o desenvolvimento socioemocional dos professores também ganhou destaque na exposição, gerando reflexões em um espaço criado pelo Instituto Ayrton Senna que ressaltou experiências positivas com esse trabalho.
No encerramento, Tatiana Klix ainda ressaltou a importância de educadores de todo o país serem reconhecidos por seu trabalho e tenham plataformas para disseminar suas práticas para outros colegas. “Existem professores que já inovam no dia a dia, mas ainda há dificuldades para que todos os estudantes brasileiros tenham acesso à educação que os preparem para os desafios atuais e para contribuir com a transformação da sociedade”, disse.
Clique aqui para ver como foi a abertura do Encontro com o Porvir.
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