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Educadores compartilham experiências sobre competências socioemocionais e tecnologia

6 MIN
8 set 2020
Instituto Ayrton Senna Instituto Ayrton Senna

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Rede Letramento em Programação participa de lives da IMED com o Instituto Ayrton Senna

Devido à crise do novo coronavírus, professores e estudantes passaram a ter ainda mais contato com novas tecnologias digitais e fica cada vez mais nítida a importância das competências socioemocionais para lidar com os desafios adicionais que surgem nesse contexto e que demandam mais resiliência, foco, empatia, entre outras atitudes e comportamentos. Para apoiar educadores de todo o país neste desenvolvimento, e para disseminar conhecimentos e experiências sobre a conexão entre as novas tecnologias, o pensamento computacional e a educação integral, a IMED (instituição de Ensino Superior do Rio Grande do Sul) organizou o EduConecta21, com parceria do Instituto Ayrton Senna.

Os encontros online ocorreram durante os dias 25 e 26 de junho e tiveram como tema “Educação integral através do Pensamento Computacional”, discutido nas lives abertas a educadores interessados de todo o Brasil. Cerca de 3 mil pessoas já visualizaram o conteúdo (que segue disponível na página do YouTube do EduConecta21), incluindo os educadores da Rede Letramento em Programação, iniciativa do Instituto Ayrton Senna que leva conceitos e práticas de pensamento computacional e educação integral ao  Ensino Fundamental de 4° ao 9°ano

live foi liderada por Bárbara Menezes, do time de Distribuição do Instituto Ayrton Senna, e Taíse Telles e Amilton Martins, professores da IMED e Coordenadores do Letramento em Programação no Norte Gaúcho. O evento também contou com a participação de Carlos Mandel, líder de Distribuição, Catarina Sette, especialista do time de Evidências, e Ana Carolina Netto, do time de Produto e Protótipo, todos do Instituto Ayrton Senna. Apresentando relatos de experiências sobre o Letramento em Programação que podem inspirar educadores de todo o Brasil a inovarem em suas aulas e práticas pedagógicas, participaram ainda educadores dos municípios de Itatiba (SP), Manhuaçu (MG), Manaus (AM), Teresina (PI), Caruaru (PE) e da região do norte gaúcho. “A possibilidade de termos relatos de seis estados do país nos permite ver que, apesar das dificuldades, conseguimos trabalhar o pensamento computacional em diversos contextos”, diz Bárbara.

No primeiro dia de formação, foram discutidos temas como a relação do pensamento computacional com a educação integral e como o projeto de Letramento em Programação visa o desenvolvimento pleno dos estudantes. “Uma das formas de colocar o pensamento computacional na prática, mas não a única, é através da programação de computadores; quando falamos em ‘letramento em programação’, estamos falando de pensamento computacional na prática e na escola”, disse o professor Amilton, que é pós-doutor em educação e coordenador do Letramento em Programação no Norte Gaúcho.

Para ilustrar esses conceitos e mostrar como o pensamento computacional se espalhou pela rede municipal de ensino de Itatiba (SP), os coordenadores do projeto no território, Wagner Torso e Luci Mara Gotardo, falaram sobre o histórico da iniciativa no município, que foi o pioneiro em desenvolver o projeto do Instituto Ayrton Senna. Ao relatar uma experiência com a criação de animações por meio da ferramenta Scratch, os coordenadores também compartilharam algumas lições aprendidas, como a importância da dedicação ao projeto, da abertura ao novo e do envolvimento de vários atores na iniciativa, como professores, monitores de informática e gestores. No relato de experiência do município mineiro de Manhuaçu, a professora Andreia Almeida compartilhou uma situação de inclusão de um aluno com autismo por meio do projeto. Representando o Norte Gaúcho, do município de Carazinho, a professora Neli Quadros falou sobre modos de trazer as ferramentas e conceitos do pensamento computacional para o atual contexto de aulas à distância devido ao distanciamento social.

No segundo dia de formação, os educadores puderam aprender mais sobre as competências socioemocionais e entender porque é importante dar uma atenção especial a elas neste período, que tem trazido grandes desafios. Os professores também puderam entender como elas podem ser desenvolvidas por meio da tecnologia, tema apresentado por Adelmo Eloy, mestrando na Universidade de Stanford. Catarina Sette, do time de Evidências do Instituto, falou sobre a importância delas na aprendizagem dos estudantes. “Essas competências socioemocionais são tão importantes quanto as competências cognitivas para a obtenção de bons resultados nas diferentes esferas da vida do estudante e das pessoas, como educação, empregabilidade, questões de carreira e também saúde física e mental; elas impactam na aprendizagem e no desempenho acadêmico destes alunos”, ressaltou.

Dando continuidade aos relatos de práticas, educadores de Manaus (AM), Teresina (PI) e Caruaru (PE) compartilharam experiências com os colegas. Michelle Nunes, representando os amazonenses, relatou a experiência do município com o envolvimento das famílias dos estudantes nas atividades, muitas vezes mobilizando pais e responsáveis na criação de protótipos juntamente às crianças. Já os professores Anna Silva e Cleyson Lima, do Piauí, compartilharam sua experiência com o desenvolvimento do pensamento computacional dos estudantes por meio da robótica. Eles relataram que apesar de alguns desafios encontrados, como muitos estudantes vivendo na zona rural ou dificuldades na obtenção de materiais para o projeto, entre as lições aprendidas está a importância do trabalho em equipe para o sucesso da iniciativa. Valorizando o papel do agente fundamental no desenvolvimento de competências socioemocionais e do pensamento computacional, o professor, a pernambucana Michele Lima falou sobre a experiência da rede com o protagonismo dos educadores em relação às novas tecnologias durante as atividades remotas devido ao isolamento social.

Líder de Distribuição do Instituto, Carlos Mandel fala sobre a importância de eventos como o EduConecta21 para o desenvolvimento dos educadores e compartilhamento de conhecimento. “Ações como o EduConecta, que reúnem pessoas apaixonadas por educação e promovem o compartilhamento de experiências, nos relembram o nosso papel enquanto educadores e agentes de transformação social. Mesmo com tantas incertezas pela frente, o evento nos trouxe ainda mais motivação para continuar trabalhando em prol de uma educação pública de qualidade.”

Instituto Ayrton Senna
Instituto Ayrton Senna Organização sem fins lucrativos comprometida com a educação

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