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Ações para o Desenvolvimento Integral de Todos | CAPITULO 5

Guia Gestão para Aprendizagem

8 MIN
4 dez 2022
Instituto Ayrton Senna Instituto Ayrton Senna

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Tão importante quanto ter um plano para atender ou adequar um currículo, em qualquer que seja o modelo escolhido, é garantir também a atenção ao desenvolvimento pleno e às competências socioemocionais de estudantes e educadores.

Quando se fala em direitos de aprendizagem e desenvolvimento pleno, as competências socioemocionais são fundamentais nesse processo. Elas precisam ser desenvolvidas não apenas nos estudantes, mas também em educadores pois favorecem sua própria percepção sobre a realidade, suas capacidades, forças e fraquezas emocionais.

Professores que lidam adequadamente com suas emoções demonstram empatia, reconhecem e estabelecem relações interpessoais positivas e tomam decisões mais responsáveis, de forma mais efetiva e afetiva, frente a situações de conflito.

A escola, além de prover os conteúdos acadêmicos, também é responsável pelo desenvolvimento socioemocional do seu estudante e para isso precisa cuidar da saúde mental e bem-estar de todos, promovendo um trabalho cotidiano de oportunidades de desenvolvimento da autoestima, autoconfiança e autonomia, criando um clima acolhedor onde todos se pautem por dinâmicas colaborativas de trocas de experiências e construção de valores dignos e edificantes.

Para isso, a experiência do Instituto Ayrton Senna mostra que é possível desenvolver as competências socioemocionais no contexto educacional, tanto para educadores quanto para estudantes. Os materiais abaixo abordarão esse tema.

ESCOLA: AMBIENTE DE APRENDIZAGEM E DE INTERAÇÃO PROFISSIONAL

A preocupação em garantir a aprendizagem por todos os estudantes, especialmente considerando os prováveis déficits e a inequidade decorrentes do longo período de isolamento social torna necessário um amplo conjunto de ações, considerando todo o ecossistema da educação. Um dos elementos importantes, por exemplo, é compreender e apoiar o bom andamento das relações dentro de cada unidade escolar, já que seu funcionamento resulta da integração entre a estrutura física e as interações sociais e acadêmicas estabelecidas entre todos os atores, e que constituem a cultura interna e sua identidade

Essa identidade envolve crenças, saberes e normas que circulam e comportamentos que permitem a criação de um clima apropriado para favorecer o desenvolvimento pessoal e profissional de todos. No dia a dia da escola isso se dá muito mais pelas relações pessoais que se estabelecem do que propriamente pelo trabalho formal e técnico que se configura para a busca de resultados de aprendizagem.

Cada escola tem seu próprio clima e ele determina a qualidade de vida e produtividade de todos, permitindo não só sua eficácia, mas a possibilidade de um diálogo frequente e a busca de equidade nas decisões, o que garante um sentimento de pertencimento de todos os envolvidos e uma melhor aprendizagem para os estudantes, bem como a atuação responsável e prazerosa dos educadores.

Nesse sentido, a motivação é também um fator importante para o clima escolar, porque ela é responsável pelo “querer fazer”, pela satisfação das pessoas com aquilo que fazem, não apenas como uma obrigação que exige um esforço sem recompensa pessoal e/ou profissional.

Ela é uma das bases para aquilo que cada membro da comunidade escolar de fato pratica em seu cotidiano. Levando em conta, também, que o “poder fazer” está relacionado com os suportes necessários para que o trabalho possa ser realizado, sejam meios materiais e/ou financeiros.

Pode-se considerar que uma pessoa está motivada com o clima educacional na instituição em que trabalha quando se sente impelida a trabalhar, com satisfação, porque sabe, pode e quer fazer. E é esta motivação das pessoas que resulta em atitudes de cooperação, animação, interesse, entusiasmo, satisfação e crescente melhoria das relações profissionais e pessoais.

Os responsáveis pela gestão da escola devem estar atentos para o clima organizacional, buscando sempre identificar e avaliar situações de conflitos e minimizar problemas, contribuindo para o bom envolvimento no ambiente de trabalho. Para tanto, pode-se observar:

  • Envolvimento de cada profissional com as tarefas a executar;
  • Colaboração entre os pares e com profissionais de outras equipes da escola;
  • Níveis de absenteísmo;
  • Clareza quanto aos princípios, objetivos e metas a serem alcançados pela unidade escolar.

A melhoria do clima escolar contribui tanto para a construção de um bom ambiente de trabalho quanto para a melhor saúde mental e emocional de todos os envolvidos. Uma importante aliada para essa construção é a abertura de oportunidades de desenvolvimento socioemocional também para os educadores, como parte de seus planos de formação continuada.

CONHEÇA MAIS

O Instituto Ayrton Senna disponibiliza na plataforma online Espaço Educador cursos para professores e gestores educacionais interessados em se aprofundarem no tema do desenvolvimento socioemocional de educadores. Acesse abaixo e confira:

O DIRETOR E O CLIMA ESCOLAR POSITIVO

Na escola, a diversidade de conhecimentos e de personalidades caracteriza uma boa equipe, enriquece o trabalho de todos e permite chegar aos resultados esperados. Daí a importância de unir as pessoas para que trabalhem de forma complementar e solidária, criando um clima escolar positivo. O grau de dificuldade é maior ou menor em função da qualidade da liderança do diretor junto à equipe escolar e à comunidade à qual pertence a escola.

O diretor escolar pode conduzir as pessoas a romperem o limite de seus próprios conhecimentos, e a darem maior importância ao conjunto. Equipes bem lideradas sabem decidir se determinada questão, por exemplo, deve ser resolvida pelo consenso ou pelo voto da maioria. E aprenderão a trabalhar em conjunto, a respeitar a diversidade de opiniões e a confiar uns nos outros.

É preciso que o diretor se pergunte diariamente: “O que posso fazer hoje para tornar melhor o nosso amanhã?”

Alguns cuidados para que o diretor se sinta “energizado”:

  • Aceitar que o mundo (incluindo pessoas e instituições) não é perfeito e que o perfeccionismo dificulta ceder espaço e poder. Aceitar a imperfeição, mas trabalhar pelo melhor, geralmente conduz para o esperado;
  • Manter hábitos saudáveis;
  • Selecionar e agendar as informações importantes;
  • Descartar o estresse derivado das coisas que escapam do controle pessoal;
  • Projetar a vida desejada para daqui a dez anos e planejar o caminho, com pausas regulares para avaliação. Tomar “fôlego” para continuar a jornada;
  • Aproximar-se das pessoas através de um simples bom dia, de encontros como café da manhã ou almoços para ouvir opiniões. Manter sempre o bom humor, apesar das dificuldades enfrentadas;
  • Dedicar tempo às coisas de que mais gostar. Ampliar e diversificar as atividades;
  • Assinalar o melhor e o que poderia ser melhor no dia: listar, ao final do dia, duas ou três coisas agradáveis, e coisas que devem ser melhoradas da próxima vez;
  • Não esquecer que é sabedoria admitir que sempre haverá algo para se aprender.

Refletir sobre isso e oportunizar à equipe escolar momentos definidos de reflexão são os primeiros passos para que cada ano letivo seja mais positivo que o anterior. Considerando especificamente os desafios para a gestão escolar no retorno após o período de isolamento, o Instituto Ayrton Senna também preparou um material de apoio com sugestões práticas para o planejamento e a realização de ações visando envolver a equipe nas decisões.

O material pode ser acessado em: A gestão escolar pós-isolamento social: fichas para planejamento
Como fazer pessoas e espaços melhores
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O diretor de escola e a cultura escolar
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Liderança e clima escolar
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O olhar nas intervençnoes e os acidentes de percurso
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VER MAIS

A seguir, reunimos em alguns tópicos algumas das principais abordagens do Instituto Ayrton Senna sobre a educação integral, que podem apoiar as decisões de gestores e educadores, independentemente de qual a situação específica com relação aos níveis de aprendizagem dos estudantes no Ensino Fundamental.

O trabalho intencional, sistematizado e integrado com as diversas dimensões e competências necessárias para a vida constitui o conceito de educação integral que o Instituto Ayrton Senna defende. Não se trata de uma ampliação do tempo da jornada escolar, mas sim de uma concepção de educação voltada ao desenvolvimento pleno dos estudantes, nos âmbitos cognitivo e socioemocional, preparando-os para fazer escolhas com autonomia em suas vidas.

Competências socioemocionais são capacidades individuais que se manifestam nos modos de pensar, sentir e nos comportamentos ou atitudes para se relacionar consigo mesmo e com os outros, estabelecer objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas.

Elas podem ser observadas em nosso padrão costumeiro de ação e reação frente a estímulos de ordem pessoal e social. Entre outros exemplos, estão a persistência, a assertividade, a empatia, a autoconfiança e a curiosidade para aprender.

Essas competências podem ser desenvolvidas a partir de diversos estímulos, mas como a escola é um espaço privilegiado para promover essa formação, além da cognitiva, o Instituto criou uma página especial com informações, estratégias e práticas sobre competências socioemocionais.

Acesse "Competências Socioemocionais dos Estudantes" para conhecer mais
ACESSE O CAPITULO 5 Instituto Ayrton Senna
Instituto Ayrton Senna Organização sem fins lucrativos comprometida com a educação

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