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Por que a autoconfiança é importante para prevenção do bullying e violência escolar?

Competência sociemocional também pode atuar como fator protetivo. Confira dicas!

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Agenda Ico 28 jul 2023
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Muito além do senso comum ou da auto-ajuda, a autoconfiança é uma competência socioemocional fundamental para ajudar cada indivíduo a atingir seu potencial e traçar objetivos. A autoconfiança pode ser definida como o ato de acreditar em si mesmo e seguir adiante, mesmo quando as coisas parecem difíceis ou não indo tão bem. Quando nos valorizamos e nos sentimos realizados, somos capazes de pensar de forma mais realista frente aos nossos desafios, e acabamos por colocar planos e vontades em prática. Essa habilidade faz parte do grupo de competências ligadas à Resiliência Emocional, que se refere à capacidade de enfrentar as dificuldades da vida, aprender com elas e ganhar mais força para vencê-las. Isso é muito importante quando precisamos, atitudes essenciais para a regulação de emoções desagradáveis.

A autoconfiança dos estudantes e a escola

A autoconfiança é fundamental para diversos aspectos da vida dos estudantes e pode ser desenvolvida na escola, atuando na prevenção do bullying e violência escolar, melhores índices de saúde mental, bem-estar e pertencimento escolar.

No caso do bullying, a autoconfiança pode atuar como um fator protetivo em relação à violência sofrida. Essa competência pode apoiar o estudante a se sentir bem consigo mesmo, e a manter as suas expectativas positivas sobre o futuro, tendo confiança e entusiasmo para desenvolver suas atividades e projetos de vida. Já no caso da violência escolar, a autoconfiança pode atuar como uma aliada na sua prevenção: essa competência auxilia cada estudante a lidar com sentimentos de insegurança em relação às suas próprias capacidades, além de favorecer com que o jovem lide melhor com situações adversas e conflitos.

Confira dicas para desenvolver a resiliência emocional dos estudantes em cada etapa

Estudantes do Ensino Fundamental I

O estudante dos anos iniciais do Ensino Fundamental encontra-se em processo inicial de desenvolvimento de suas competências socioemocionais. Ele aprende, junto ao processo de escolarização, a conhecer e nomear suas emoções e de seus pares. Sua experiência escolar favorece um nível mais complexo de interações e oportuniza novos aprendizados e percepções acerca das expressões de sentimentos e emoções. A aprendizagem da leitura e da escrita oferece novos meios para a criança se expressar a respeito do que sente e pensa, ampliando as condições de nomear e abstrair ideias e de expor sentimentos de forma mais complexa. Esse é um momento em que o exercício de regulação emocional deve ser estimulado para tornar o estudante cada vez mais capaz de empregar estratégias para lidar de forma mais adaptativa com as situações e com aquilo que sente.

Estudantes do Ensino Fundamental II

Os anos finais do Ensino Fundamental marcam a etapa de transição entre a infância e a adolescência. O estudante já se sente capaz de desempenhar algumas funções e responsabilidades típicas da adolescência, mas pode não se sentir preparado para outras, sentindo-se inseguro. O papel do diálogo é fundamental e as relações sociais, principalmente entre pares, possibilitam trocas de experiências e são importantes espaços para a autorreflexão e busca por autoconhecimento. Nesse sentido, a construção de uma rede de apoio, com a qual o estudante possa compartilhar seus anseios, vulnerabilidades, conquistas e dificuldades, pode beneficiar o seu desenvolvimento socioemocional.

Estudantes do Ensino Médio

O Ensino Médio é a etapa em que os jovens se deparam com um momento da vida que envolve tomada de decisões e a necessidade de planejamento sobre o futuro, o que pode gerar ansiedade, insegurança e frustração. O autoconhecimento implica em reconhecer suas potencialidades e pontos a desenvolver e pode favorecer a percepção de autoconfiança e a busca por recursos para auxiliar na tomada de decisão e na regulação emocional. Atividades que favoreçam a criação de um espaço para o questionamento e compartilhamento de ideias e emoções auxiliam a dar as devidas proporções às experiências de vida do estudante, contribuindo para seu desenvolvimento pessoal.

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