Parceria do Instituto Ayrton Senna com a B9 teve 7 episódios sobre diversas formas de aprender
Estamos vivendo em um mundo cada vez mais incerto e volátil, com um enorme volume de informações, mudanças constantes e muitos desafios a serem enfrentados. Neste cenário, será que o processo de ensino e aprendizagem continua o mesmo? Como a educação vai desenvolver estudantes mais protagonistas e autônomos? Como estamos aprendendo com os novos recursos que temos? Por que a escola é ainda mais relevante nesse contexto? Para tentar responder essas e muitas outras perguntas sobre o passado, presente e futuro da educação, foi criado o podcast ‘Nada Sei’, uma parceria do Instituto Ayrton Senna com a B9, que faz uma jornada por novas perspectivas da educação. O ‘Nada sei’ busca inspirar professores de todo o país que queiram realizar transformações em suas aulas, escolas e comunidades e valorizam todas as formas de aprender.
Ao longo de 7 episódios, que já têm 40 mil downloads e somam quase 300 minutos, a apresentadora Ana Paula Xongani faz uma viagem sobre diferentes formas de aprender: ouvindo, observando, estudando, fazendo, errando, ensinando e pela emoção. Nesta trajetória, foram abordados temas como educação integral, competências socioemocionais, protagonismo juvenil, educação à distância, projeto de vida, educação por projetos, alfabetização e vários outros, sempre debatidos entre especialistas em educação e personagens da sociedade que têm muito a contar sobre o tema, trazendo mais perspectivas sobre ele. Ao começo de cada episódio, uma criança conta sobre sua experiência com aquela forma de aprender, introduzindo uma conversa leve e descontraída que busca debater temas do interesse de educadores, famílias e toda a sociedade.
Abrindo a temporada, no primeiro episódio, ‘eu aprendo ouvindo’, Inês Miskalo, do time de Educação do Instituto Ayrton Senna, e André Hosoi, do grupo musical Barbatuques, falam sobre como a escuta influenciou a forma como os estudantes aprendem ao longo do tempo. Foram abordados temas como aulas expositivas, escuta ativa, o papel da música na educação e a importância de colocar os alunos como seres autônomos em sua aprendizagem. “Aprender é processar o conhecimento se apoderar dele, ele ser seu, e não de alguém que te falou”, disse Inês.
Para além de ouvir, será que aprendemos observando o nosso ao redor? Esse foi o tema do segundo episódio, que contou com a participação de Cynthia Sanches, do Instituto, e Ana Paula Gaspar, historiadora e especialista em comunicação digital. Trazendo suas experiências como arte educadoras em museus, as duas especialistas falaram sobre a importância do nosso olhar para aprendermos sobre o mundo tanto na escola quanto na nossa relação com o outro. “Seria incrível se a gente não só fosse permitido a observar e a aprender mais observando, como também se nos ensinasse a observar, porque o olhar também é uma coisa que pode ser aprendida. “, diz Ana Paula Gaspar. Ao final do episódio, uma conclusão: a observação é provavelmente a forma mais antiga de aprender e movimentou a nossa produção de conhecimento. “Grandes descobertas científicas também aconteceram por causa da observação. Lembra da maçã, que supostamente caiu na cabeça de Newton e fez com que ele descobrisse a lei da gravidade?”, lembrou Ana Paula Xongani.
E quando precisamos voltar para casa depois de uma aula e rever os conteúdos para uma prova? Como podemos aprender estudando? No terceiro episódio, Ana Carolina Netto, do time de educação do Instituto, e Guilherme Brockington, neurocientista e professor, falam sobre como estudar e porque ter esse hábito é importante para a aprendizagem. “Estudar tem a ver com consolidar alguma informação que a gente já viu e quer usar para guardar para outras oportunidades”, disse Ana Carolina. Contando sobre suas experiências na criação de atividades e materiais didáticos, os convidados ressaltaram que, antes de estudar, os alunos devem desenvolver outras habilidades fundamentais para esse momento de aprendizagem autônoma: é preciso ter foco, autogestão, responsabilidade e organização. “A concentração e a disciplina, por exemplo, isso tudo, são habilidades imprescindíveis para a aprendizagem, e que a gente precisa ensinar desde muito pequeno”, defende Guilherme.
Em um mundo que requer soluções rápidas e criativas, colocar o conhecimento adquirido é fundamental. Esse foi o tema do quarto episódio, em que Ana Elisa Siqueira, diretora da Escola Estadual Amorim Lima, e Ricardo Cavalini, fundador da plataforma Makers, conversaram sobre como podemos aprender fazendo. “Quando você está fazendo algo, você está aprendendo fazendo, então a teoria e a prática estão ali misturadas”, falou Ricardo. Falando sobre como podemos aprender com a mão na massa, Ana Elisa contou sobre sua experiência no Amorim Lima, em que os alunos são incentivados a trabalhar em grupos e por meio da educação por projetos, que tem grande papel na aprendizagem dos estudantes. Sobre aprender a projetar, também foi falado sobre Projeto de Vida e a importância de encorajar crianças e jovens a conhecer os seus interesses e aptidões para então criarem novas possibilidades de futuros.
Há quem diga que o aprendizado é um processo de erro e acerto. É como aprender a andar: até conseguir correr por aí sozinha, toda criança caiu muito. Mas como não ser paralisado pelo medo de errar e usar os erros como combustível da nossa aprendizagem? No quinto episódio, sobre como podemos aprender errando, o ‘Nada Sei’ recebeu a skatista tetracampeã mundial Karen Jonz e o professor alfabetizador Lucas Maia. Para falar sobre como superou o medo de errar, Karen compartilhou sua experiência ao aprender a andar de skate. “No começo eu tinha muita vergonha, porque as pessoas estavam olhando, porque eu estava caindo, até eu entender que realmente faz parte do processo, e que cada vez que eu erro eu aprendo como não errar”, disse. Lucas, por sua vez, falou sobre como o professor pode ajudar os alunos a lidarem com seus próprios erros ao também se colocar numa posição de quem está aprendendo. “Eu verbalizo esses momentos de erro pessoal justamente para as crianças entenderem que nós, seres humanos, erramos”, conta.
Ao longo da temporada, ficou claro: a relação de ensino e aprendizagem é uma via de mão dupla, e quem ensina também aprende. E essa relação nos acompanha por toda a nossa vida, seja na escola, no trabalho ou nos nossos relacionamentos. Por isso, o tema do sexto episódio foi sobre como aprender ensinando, sejam os professores em uma sala de aula, as famílias ao apoiarem os estudantes em suas atividades escolares em casa e na nossa carreira. Para esse papo, foram convidados Juliano Costa, professor e vice-presidente da Pearson no Brasil, e Henrique Angelo, psicólogo e fundador da Lupa, que compartilharam com os ouvintes experiências de quando puderam aprender ao preparar uma aula ou na sua relação com os estudantes.
Com tantas formas diferentes de aprender, é certo que em todas elas um elemento está sempre presente: a nossa emoção. No sétimo e último episódio, o palhaço Marcio Ballas e o especialista em educação integral do Instituto Ayrton Senna Helton Soltou conversam sobre como podemos aprender pela emoção e como elas nos influencia na nossa relação com o outro e o conhecimento. Em uma era de educação à distância, como o estudante pode ser desenvolvido plenamente e como as competências socioemocionais podem ser valorizadas? “Para aprender a lidar com suas emoções, é fundamental que criemos caminhos para isso, como o exercício da empatia e aprender a dialogar; uma educação integral é aquela que promove o desenvolvimento pleno das pessoas, considerando quem elas são, seus interesses, vontades e, principalmente, suas emoções”, disse Helton.
O podcast ‘Nada Sei’ faz parte da missão do Instituto Ayrton Senna de produzir e disseminar conhecimentos e apoiar educadores de todo o país na construção de uma educação integral de qualidade para todas as crianças e jovens do Brasil, criando oportunidades e reduzindo desigualdades. “Nosso objetivo com esse podcast é explorar novos canais para levar a causa da educação a uma audiência mais ampla. Como centro de inovação, o Instituto vem sugerindo caminhos para que crianças, jovens e educadores possam viver plenamente e enfrentar os desafios desse século, e o Nada Sei pretende contribuir com esta missão”, afirma Fabiana Fragiacomo, gerente de comunicação e marketing do Instituto Ayrton Senna.
Confira essas conversas no nosso site ou no Spotify.
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