“Fazer mais, falar menos e ter paixão pelo o que você faz”. Foi essa a mensagem de Peter Tabichi, vencedor do Global Teacher Prize 2019, aos professores brasileiros em visita ao Instituto Ayrton Senna no último dia 5. O prêmio, considerado o Nobel da Educação, é organizado pela Fundação Varkey e reconhece professores inspiradores por todo o mundo. Em temporada de visitas a países da América Latina, Peter esteve no Instituto para trocar experiências e ideias com o time.
“Fazer mais, falar menos e ter paixão pelo o que você faz”. Foi essa a mensagem de Peter Tabichi, vencedor do Global Teacher Prize 2019, aos professores brasileiros em visita ao Instituto Ayrton Senna no último dia 5. O prêmio, considerado o Nobel da Educação, é organizado pela Fundação Varkey e reconhece professores inspiradores por todo o mundo. Em temporada de visitas a países da América Latina, Peter esteve no Instituto para trocar experiências e ideias com o time.
Professor de matemática e física, Peter é padre franciscano e leciona na Escola Secundária Keriko, em uma área remota e semiárida do Quênia. Com cerca de 500 alunos, a escola conta com apenas 7 professores. Mesmo com pouca infraestrutura e enfrentando adversidades locais como a pobreza, fome e seca, Peter criou iniciativas que encorajaram os jovens a descobrir seus potenciais e serem mais confiantes. “Educação não é apenas sobre conhecimento, mas também sobre confiança; o desafio é que eles confiem em si mesmos”, disse Peter.
Como professor de ciências, organizou na escola um clube sobre o tema, encorajando os estudantes a construírem projetos que pudessem fazer diferença em sua realidade local. Como fruto deste trabalho, diversos alunos de Peter chegaram a competições nacionais e internacionais de Matemática, Química e Engenharia para apresentar trabalhos como um dispositivo que permite que pessoas cegas e surdas possam medir objetos e um mecanismo que aproveita plantas locais para gerar eletricidade. Quebrando paradigmas, Peter colocou as meninas à frente destas inovações: encorajou-as a se interessarem por Matemática e Ciências, resultando numa melhora de desempenho das garotas nessas duas áreas.
Preocupado em envolver a comunidade local nessas mudanças, Peter passou a visitar as famílias dos estudantes com o objetivo de incentivá-los a manter os filhos na escola e valorizar sua Educação. Para aproximar a comunidade e resolver dois problemas locais, a escassez de alimentos e a violência entre grupos rivais, ainda ofereceu oficinas de agricultura às famílias e criou o “Clube da Paz”, que discute sobre o convívio e colaboração entre as diferentes tribos. “Muitos dos estudantes vinham de diferentes tribos, então pensamos em um jeito de uni-los”, conta.
Em sua passagem pelo Instituto, o professore ressaltou que mais do que oferecer conhecimento, a escola também deve preparar o aluno para vários cenários e situações da vida, ressaltando que em suas atividades busca trazer esta perspectiva. “Os jovens também precisam aprender a conviver e interagir com pessoas diferentes”, defende. Quanto ao sucesso das suas práticas em sala de aula, o professor diz que ter empatia para com os alunos foi fundamental. “Não basta olhar e apenas observar. Quando você realmente enxerga, então você age. Ações, são preciso ações”.
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