Apoiar o desenvolvimento socioemocional dos estudantes e a realização de escolhas importantes para o presente e para o futuro são alguns dos objetivos do Projeto de Vida (PV), que passa a ser obrigatório a todos os estudantes do Ensino Médio a partir de 2022 e que já é realidade em algumas redes de ensino, como a da Secretaria de Educação de São Paulo (SEDUC-SP), na modalidade de componente curricular, em parceria com o Instituto Ayrton Senna e outras organizações. Para fornecer aos educadores as bases necessárias para a implementação efetiva do PV, a parceria realiza ações formativas e reuniões de trabalho com professores e gestores da rede.
As ações acontecem por meio da EFAPE (Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo) e são transmitidas pelo Centro de Mídias da SEDUC-SP. São duas modalidades: com gestores, são realizadas reuniões de trabalho; com os docentes, as ações formativas acontecem durante a Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC).
”As formações acontecem primeiro na reunião de trabalho para os gestores, apresentando a temática com o intuito de buscar o apoio e o acompanhamento deles no processo junto com os professores, trazendo o escopo necessário para orientar as ações. Em seguida, acontecem as formações para os educadores, idealizadas pensando em como eles podem trabalhar as competências socioemocionais para em sala de aula e em como podem conduzir as etapas específicas do Projeto de Vida”, afirma Edna Borges, formadora do Instituto Ayrton Senna.
Em 2021, as ações começaram em fevereiro, com a transmissão das formações “Projeto de Vida: Avaliação Formativa Socioemocional”, realizadas nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro, com a presença de Edna Borges em todas as ações. As formações falaram sobre contexto e aplicação das rubricas, explorando os principais pontos sobre o desenvolvimento socioemocional articulado e integrado com Projeto de Vida.
Como ação subsequente, foi realizada a primeira reunião de trabalho com gestores em 31 de maio, que reuniu 1200 gestores. Com a presença de Gisele Telles, formadora da EFAPE, e Edna Borges, a ação teve os mesmos objetivos das formações com professores, focando também nas possibilidades de trabalho intencional da escola rumo a esse desenvolvimento.
Na sequência, foram realizadas ATPCs com os professores de Ciências Humanas, Linguagens e Ciências da Natureza, nos dias 08, 09 e 10 de junho, respectivamente. Ao todo, cerca de 60 mil professores da rede paulista participaram das ATPCs.
No segundo semestre, o dia 23 de agosto inaugurou o ciclo com a segunda reunião de trabalho do ano sobre competências socioemocionais e Projeto de Vida para gestores da rede estadual, reunindo 780 professores. Com a presença de Edna Borges e de Elisângela Aparecida de Moura, formadora EFAPE, a reunião teve como tema os relatórios de devolutiva e da etapa de feedback que acontece na sequência do preenchimento dos instrumentos de rubrica pelos estudantes do componente curricular.
Com os professores, foram realizadas mais três ações formativas. Em 31 de agosto, Giselle Teles e Edna Borges conduziram a ATPC com docentes de Ciências Humanas, com mais de 9 mil participantes; no dia seguinte, foi a vez de Wellington Queiroz, formador EFAPE, estar ao lado de Edna para a formação voltada aos professores de Língua Portuguesa, reunindo 13 mil professores. Encerrando o ciclo, 12 mil docentes de Ciências da Natureza e Matemática participaram da ação conduzida por Edna e Tatiane Santos Rosa.
Como próximos passos, o conjunto de ações também inclui, neste ano, o diferencial de abranger a integração das competências socioemocionais com o Conselho de Classe. Os encontros acontecerão em setembro e outubro, para todos os professores e gestores escolares e regionais.
Outras ações
Na parceria entre Instituto e SEDUC-SP, além do Projeto de Vida há também outras iniciativas que contribuem para a implementação da educação integral, prevista na política educacional do Estado e também na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Após a divulgação do mapeamento sobre a situação socioemocional dos estudantes paulistas, divulgado em maio, foi realizada a formação “Política de educação integral: um olhar para a avaliação socioemocional – Devolutiva do Instrumento Senna”, com o objetivo de ampliar o conhecimento dos educadores da rede sobre os resultados obtidos com o mapeamento, e também apoiar os desdobramentos em ações e estratégias locais.
O evento reuniu cerca de 3 mil gestores da rede estadual e abordou os principais resultados do mapeamento socioemocional de estudantes, realizado em parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo (SEDUC-SP) em 2019 e que teve seus resultados e análises divulgados neste mês.
Além disso, em junho, foi realizada uma jornada formativa com foco no desenvolvimento socioemocional dos próprios educadores. A ação idealizada com o objetivo de apoiar o educador no desenvolvimento de sua integralidade, fundamental tanto para a sua atuação enquanto catalisador da formação plena dos estudantes quanto para o apoio no trabalho com a comunidade escolar, demandas diárias, desenvolvimento de uma identidade profissional e da formação continuada, além de manutenção da saúde emocional e do bem-estar.
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