O Instituto Ayrton Senna vai promover, no dia 28 de maio, o Seminário Alfabetização 360º, no Teatro CIEE, em São Paulo. O evento pretende discutir as políticas e práticas para uma alfabetização integral, passando por temas como a recomposição de aprendizagem, os desafios do Brasil na área, a neurociência aplicada à alfabetização, o uso de dados para o monitoramento dos estudantes, entre outros assuntos. O seminário terá como público alvo gestores públicos, educadores, jornalistas, pesquisadores e profissionais do terceiro setor interessados em fortalecer a alfabetização no Brasil. O evento será gratuito e terá recursos de acessibilidade para os presentes. Os inscritos ainda terão direito a certificado de participação emitido pela Universidade de São Paulo (USP). A inscrição pode ser realizada no site da Evnts.
O evento terá patrocínio de Guaraná Antartica e Start by Alura via lei de incentivo. De acordo com Silvia Lima, gerente de Advocacy do Instituto Ayrton Senna, o Seminário Alfabetização 360º vai acolher e contar com diversidade de pessoas falando sobre a alfabetização e fomento à leitura, não só no lugar técnico, mas reconhecendo também experiências concretas. “O Seminário Alfabetização 360° será um encontro muito especial, porque contará com a participação de representantes do MEC, secretários de educação, pesquisadores, gestores educacionais e professores que irão apresentar, debater e (re)conhecer experiências concretas de implementação de programas de alfabetização e fomento à leitura, que buscam acolher a diversidade e pluralidade do nosso Brasil.”.
Programação
A programação do Seminário Alfabetização 360º está dividida em quatro painéis, que vão discutir o tema principal por meio de diferentes frentes, como Políticas de Alfabetização hoje no Brasil; Elementos que contribuem para uma Alfabetização Plena; Avaliação e Formação de Professores. Durante os intervalos dos painéis, os participantes poderão acompanhar intervenções culturais que vão proporcionar uma reflexão sobre o assunto.
Dentro de cada painel, serão discutidos assuntos como o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, debate sobre os principais indicadores para avaliar a alfabetização no país, uso de dados e Inteligência Artificial para gestão do processo de alfabetização, políticas eficazes de formação de educadores e professores leitores, neurociência na alfabetização, análise de cases de sucesso, entre outros.
Os temas serão debatidos por pesquisadores, representantes das secretarias de educação. Estarão presentes os secretários de educação: Juliana Rohsner (ES), Renato Feder (SP), Roni Miranda (PR) e Fátima Gavioli (GO); autoridades do Ministério da Educação, como João Paulo Mendes, coordenador geral de alfabetização do MEC; Lina Katia, coordenadora da unidade de avaliação do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd). Também participarão educadores que trabalham na ponta a implementação de programas de sucesso, no dia a dia das escolas e salas de aula, como Helder Guasti, Professor Eleito Educador do Ano pelo Prêmio Educador Nota 10 (2024) e Top 50 do Global Teacher Prize (2025) e Márcia Bernardes, Coordenadora estadual do Programa de Alfabetização do Estado de SP.
Outra presença será de Patricia Auerbach, jornalista e autora de livros infantis e juvenis, que vai falar sobre como a alfabetização se relaciona com a cultura e Ernesto Faria, diretor e fundador do Iede – Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional.
Cenário da Alfabetização no país
A alfabetização sempre foi um problema complexo no Brasil. Nos últimos anos, crescemos na universalização do acesso à escola e aumentamos os anos de escolaridade, mas não conseguimos vencer os desafios de alfabetizar na idade certa, de avançar os estudantes em atraso e prepará-los para o século 21.
Vivemos em um mundo dominado pela velocidade nas comunicações, no desenvolvimento e uso da inteligência artificial, que requerem habilidades de linguagem e matemáticas também no mundo digital.
Para ter uma dimensão do panorama nacional, 3 em cada 10 brasileiros são analfabetos funcionais. Os dados são do Indicador de Analfabetismo Funcional (Inalf, 2014). Isso significa que, embora saibam ler e escrever palavras simples, existe dificuldade para compreender e interpretar textos mais complexos, fazer cálculos básicos ou aplicar esse conhecimento no dia a dia.
Outros dados preocupantes se relacionam com a alfabetização das crianças. Segundo o MEC – Indicador Criança Alfabetizada (2023), considerando a rede pública, 44% das crianças não se alfabetizam na idade certa. No caso dos jovens, apenas 31% dos estudantes que concluem o Ensino Médio tem domínio em Português, de acordo com o Inep – Saeb (2021).
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Somente por meio do diálogo e da mobilização coletiva poderemos manter a alfabetização no centro das prioridades nacionais e acelerar a transformação da educação no Brasil. Junte-se a nós nessa causa e faça a diferença. Inscreva-se e seja parte desse movimento!
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