A Cátedra Instituto Ayrton Senna no Instituto de Estudos Avançados da USP Riberão Preto promoveu o encontro encerramento de ciclo de debates “O Novo Ensino Médio: Propostas em Discussão”. Após reunir especialistas e gestores na discussão do tema, o último encontro trouxe debatedores de diversos organizações e órgãos públicos para discutir questões práticas a serem apontadas ao MEC por meio da consulta pública em vigor até a primeira semana de junho.
ASSISTA A TRANSMISSÃO NA ÍNTEGRA NO YOUTUBEO encontro foi conduzido pela especialista Maria Helena Guimarães de Castro, titular da Cátedra e presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE), que recebeu os seguintes convidados:
- Viviane Senna (Presidente do Instituto Ayrton Senna)
- Alexsandro Santos (Diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do MEC)
- Iane Nobre (Coordenadora da Gestão Pedagógica do Ensino Médio do Ceará)
- Ghisleine Trigo (Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação de São Paulo)
- Rubens Lacerda (Diretor de Avaliação de Educação Básica do Inep)
- Maria Inês Fini (ex-presidente do Inep e membro da Cátedra Alfredo Bosi IEA/USP)
- Guiomar Namo de Melo (Educadora)
O presente webinar, assim como as transmissões anteriores, faz parte do objetivo da Cátedra Instituto Ayrton Senna na USP Riberão Preto em discutir questões atuais da educação e contribuir para a construção e avaliação de políticas públicas com base em evidências científicas. Como resultado dessas discussões, será elaborado um documento de propostas de aprimoramento do Novo Ensino Médio a ser enviado ao MEC.
Confira como foi a discussão sobre o Novo Ensino Médio
Na abertura do encontro, Viviane Senna, presidente do Instituto, falou sobre a importância da temática para os jovens num contexto pós-pandemia de Covid-19. Também ressaltou a importância de não interromper a implementação da nova política para o Ensino Médio, pois uma interrupção poderia haver consequências negativas aos estudantes que estudam ou estudarão nesse novo modelo. Ao complementar a fala de Viviane, Maria Helena Guimarães também ressaltou os encontros online servirão de insumo para a construção de um documento formal para que seja enviado a consulta pública do MEC sobre a problemática.
Na sequência, em sua fala, Alexsandro Santos, Diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do MEC, destacou que os desafios com o Ensino Médio são antigos, e a democratização da etapa de ensino foi tardia no país, o que prejudicou especialmente os estudantes mais pobres e periféricos. Em relação à consulta pública do MEC, o especialista destacou: “Que bom que agora a gente pode estar discutindo todas as alternativas, podendo discutir a alternativa da revogação, da revisão profunda da reforma, podendo discutir, inclusive, a manutenção da reforma. Isso tem que ser feito dentro do campo democrático. Não podemos aceitar sectarismos e autoritarismos que queiram surrupiar o debate franco de ideias, a busca pela melhor evidência científica do tema”.
Na visão de Rubens Lacerda, Diretor de Avaliação de Educação Básica do Inep, é essencial não desassociar a Formação Geral Básica e os Itinerários Formativos, além de reestabelecer os parâmetros de atualização do ENEM conforme as novas diretrizes. Já Maria Inês Fini, ex-presidente do Inep e membro da Cátedra Alfredo Bosi IEA/USP, defendeu que haja uma nova proposta em relação à formação de professores, que seja capaz de dar conta do Novo Ensino Médio e também das necessidades dos educadores. “Nós puxamos o tapete da escola brasileira para dizer que daquele jeito não tem lugar mais na sociedade moderna. Então, é uma mudança radical mesmo”, disse.
Trazendo ao centro do debate questões práticas referentes à implementação da proposta, Iane Nobre, Coordenadora da Gestão Pedagógica do Ensino Médio do Ceará, ressaltou a falta de coordenação do MEC nos anos anteriores. Ela também destacou que a discussão sobre a revogação causa insegurança e instabilidade dentro das secretarias e defendeu que o Projeto de Vida seja valorizado por diversas razões, entre elas, o potencial para engajar o estudante. Ghisleine Trigo, Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, por sua vez, defendeu e flexibilização curricular da proposta. Por fim, a educadora Guiomar Namo de Mello ressaltou que o currículo deve nortear a infraestrutura escolar, a avaliação e a formação de professores.
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