Bate-papo ao vivo faz parte de iniciativa do Instituto com o Consed
Parte da série ‘Volta ao Novo’, uma parceria do Instituto Ayrton Senna com o Consed, a live Autogestão: Foco e determinação para atingir objetivos na educação, aconteceu no dia 13/08 na página do Facebook do Instituto Ayrton Senna. O papo contou com a participação de Emilio Munaro e Inês Miskalo, do time do Instituto, e de Juliana Malherme, professora de história e projeto de vida da rede municipal de Teresina, no Piauí. Cerca de 24 mil pessoas foram alcançadas pela conversa, que recebeu comentários de educadores e famílias de todas as regiões do Brasil.
Para assistir a live na íntegra, clique aqui.
Confira como foi a conversa e relembre os melhores momentos:
- Ao iniciar o bate-papo, Emilio Munaro, vice-presidente de Desenvolvimento Global e Comunicação do Instituto, ressaltou que a live faz parte de uma parceria do Instituo Ayrton Senna com o Consed, que tem como objetivo levar as competências socioemocionais à formação de professores de 26 redes estaduais de ensino. Emilio fez uma retomada sobre os encontros que já haviam ocorrido, sobre Resiliência Emocional e Abertura ao Novo. “Na vida, é preciso ter equilibro emocional, se abrir para o novo e então se organizar para aprender e construir objetivos e metas”.
- Para iniciar a conversa, Inês Miskalo, gerente-executiva de articulação do Instituto, falou um pouco mais sobre o que é a autogestão e quais competências ela envolve: foco, persistência, responsabilidade, organização e determinação. “Todos os nossos planos demandam esforço e planejamento; quando falamos em autogestão, falamos de ter planejamento para saber que chegaremos lá”.
- Juliana Malherme, professora da rede municipal de Teresina (PI), trouxe sua visão sobre autogestão e falou sobre a importância desta competência para a sua vida. “Por vezes me frustrei por não conseguir atingir meus objetivos por ser ansiosa e não conseguir focar. Para desenvolver isso nos meus alunos tenho que desenvolver em mim. Eu não nasci focada e determinada, mas eu posso desenvolver isso”.
- Aproveitando a fala da professora Juliana, Inês falou sobre porque o desenvolvimento da autogestão é tão importante para os educadores. “O professor tem de estar muito organizado para entrar numa sala de aula. Ele precisa levar a organização e o foco, possibilitando que o seu aluno seja proprietário daquilo o que o professor transmite”.
- Exemplo de profissional que desenvolveu a autogestão ao longo da sua vida, o navegador e empresário Amyr Klink mandou uma mensagem a todos. Em 1984, Amyr atravessou o atlântico sul a bordo de um barco a remo, numa travessia que levou 100 dias. Depois desta primeira expedição, continuou construindo barcos e comandando navegações por diversos mares. Emilio ressaltou as competências que Amyr mobilizou para realizar tais feitos. “Para cumprir suas missões, imagine o quanto ele deve ter tido de foco, organização e determinação”, disse. Em vídeo, Amyr se dirigiu aos professores ao falar sobre o que mais faz diferença na vida de uma pessoa: “O pilar mais importante disso, de ser condutor deste processo, na minha visão, é a educação”.
- Pesquisas mostram que uma das competências mais buscadas pelos professores é a autogestão. O planejamento de aula e gestão de turmas exige organização e responsabilidade. “A gente precisa da autogestão devido à quantidade de turmas e por todos os elementos que envolvem o processo de ensino e aprendizagem. A gente imagina que é uma relação entre aluno, professor e conhecimento, mas existe uma série de outros fatores”, explicou Juliana.
- Participando por meio de vídeo, a professora Patricia Carvalho, que leciona geografia também na rede municipal de Teresina (PI), falou sobre sua experiência com a autogestão. “Uma aula não começa quando você está com o aluno na sala, mas muito antes, no planejamento”.
- Para desenvolver a autogestão, assim como as outras competências, o professor não deve atuar sozinho: é preciso de uma rede de apoio e incentivo para que os educadores busquem o seu autodesenvolvimento. Foi essa a reflexão trazida por Juliana, que ressaltou todos os atores envolvidos nesse processo. “Nós, professores, muitas vezes somos olhados como um profissional e não como ser humano, e é de suma importância que a gente tenha apoio. É preciso que outros professores se envolvam, assim como a comunidade escolar, e que a gente tenha apoio da direção, da rede, da gestão. Esse abraço com as competências não pode ser dado no aluno apenas pelo professor, a gente precisa de toda a rede e sua comunidade para abraçar este aluno”.
- Trazendo a voz do estudante para a conversa, o aluno Manoel Neto, do 7º ano da Escola Municipal Mocambinho, em Teresina (PI), trouxe um importante depoimento sobre como a autogestão o ajuda em seus estudos e na vida, e inspirou todos os participantes ao mostrar que esses conceitos podem ser bem compreendidos e valorizados até mesmo por estudantes bem jovens. “Eu uso a organização para saber como eu vou fazer as minhas atividades, o tempo, quando e onde fazer as minhas atividades; outra coisa muito importante para mim é a persistência, pois ela nos ajuda a lidar com os obstáculos que iremos encontrar na nossa carreira, seja ela escolar, profissional e pessoal”.
- Em relação aos desafios que os professores e estudantes enfrentaram durante as aulas à distância, assim como os obstáculos que ainda virão com a futura retomada das atividades escolares, os participantes da live concordaram: este momento requer, de todos, muita autogestão.
- Neste período, professores podem atuar como mediadores do desenvolvimento dessas competências em seus estudantes. A professora Juliana ressaltou que o foco do trabalho com as competências deve ser sempre do aluno. “O primeiro passo é desenvolver o protagonismo do estudante; eu penso que todas as pessoas podem desenvolver a autogestão, e por vezes o aluno internaliza o discurso do senso comum de que ele não tem foco. Porém, ninguém nasce pronto, nós vamos desenvolvendo ao longo do tempo nossas competências. O professor, portanto, faz a mediação: é o aluno quem vai estabelecer suas metas e interesses, e cabe ao professor mediar este processo”.
- Ao encerrar a conversa, Emilio ressaltou a importância das competências socioemocionais como aliadas à aprendizagem, principalmente neste momento, em que os educadores estão preocupados com a recuperação do aprendizado dos seus estudantes. “As competências de determinação e persistência, que fazem parte da autogestão, quando combinadas com a curiosidade para a aprender, parte da abertura ao novo, são as que mais influenciam na aprendizagem dos estudantes. No momento que as competências socioemocionais são bem trabalhadas com os alunos, portanto, elas também alavancam o aprendizado cognitivo”.
A live ‘Autogestão: Foco e determinação para atingir objetivos na educação’ faz parte da série ‘Volta ao Novo’, que conta com encontros também sobre as demais macrocompetências trabalhadas pelo Instituto Ayrton Senna em suas iniciativas: resiliência emocional, amabilidade, autogestão e engajamento com o outro. A próxima live, sobre Amabilidade, acontece no dia 27 de agosto, às 16h (horário de Brasília). Para acompanhar todas, basta seguir a página do Instituto no Facebook.
Veja também o que rolou nas lives anteriores, sobre Resiliência Emocional e Abertura ao Novo: clique aqui para Resiliência e clique aqui para Abertura.
Para apoiar a sua prática, o educador também poderá ter acesso a materiais de apoio sobre cada macrocompetência. O material sobre Autogestão já está disponível na página especial do Instituto “Competências socioemocionais para contextos de crise”. Para fazer download, clique aqui.
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