Os altos índices de evasão no Ensino Médio, apontados pelo Ministério da Educação, estimulam uma discussão sobre o quão conectada é a escola com o mundo juvenil.
Os jovens que largam os estudos por alegarem não se sentirem parte ativa desse processo de aprendizagem podem ser reconquistados com uma mudança de estratégia.
É o caso, por exemplo, da implementação de mais ações voltadas ao desenvolvimento do protagonismo juvenil na escola. Isso permitirá que eles formem suas identidades e potencialidades, tendo espaço para personalizarem sua trajetória educacional.
O fomento do protagonismo juvenil efetivo na escola exige que três elementos funcionem bem:
- um currículo que permita que os jovens personalizem suas trajetórias escolares;
- professores e gestores parceiros do estudante, agindo como mediadores de sua participação;
- desenvolvimento de atividades que estimulem a participação dos jovens com método estruturado, de modo a gerar aprendizagens significativas.
No entanto, para que o protagonismo seja desenvolvido de maneira efetiva, também é preciso tomar alguns cuidados com ações capazes de comprometer os seus resultados.
Conheça a seguir as práticas que contribuem para o protagonismo juvenil na escola:
Fomento intencional e estruturado
Protagonismo é um termo que foi apropriado pelas ciências sociais para designar o principal responsável por um processo de mudança política ou social. Não se trata de algo que “surge” nos estudantes de forma natural. É possível reconhecer o potencial, mas ele deve ser fomentado através de ações intencionais.
É por isso que a sua escola precisa se orientar a favor do fomento intencional e estruturado ao protagonismo. Isso se dá por meio de boas oportunidades educativas proporcionadas pela escola a partir de desafios que estimulem os jovens a construir uma postura protagonista.
Contra o “vale tudo”
Considerar qualquer proposta vinda dos estudantes não deve ser automaticamente considerada, já que isso não significa estimular o protagonismo deles.
É necessário se livrar dessa impressão de “vale tudo” e substituí-la por “vale tudo o que for bem fundamentado”.
As propostas dos jovens devem passar pelo crivo de um bom processo de análise crítica. E os estudantes devem ser envolvidos tanto nesta análise quanto no planejamento dos projetos a serem desenvolvidos. Sem isso, torna-se mais difícil instigar o protagonismo deles.
Se a escola não envolve os estudantes no planejamento dos projetos a serem desenvolvidos, torna-se mais difícil instigar o protagonismo deles.
É preferível trabalhar com ampla participação dos jovens em todas as fases de um projeto. O trabalho deve ser marcado por reflexões permanentes que suportem as ações realizadas, permitindo que o aprendizado seja significativo e incorporado conscientemente pelos estudantes.
Postura corresponsável
Adotar uma postura permissiva demais em relação às atitudes do jovem em sala de aula não contribuirá para um ambiente propício ao protagonismo.
Em vez disso, é preciso trabalhar com uma postura corresponsável. Isso significa partir da premissa de que o estudante e o professor são responsáveis pela construção de um percurso rico em aprendizagens.
Um dos papéis do educador é oferecer referências de atitudes positivas em relação à aprendizagem e ao convívio em sala de aula. Apoiar e elogiar é uma forma de incentivar a motivação de seus alunos e dar abertura para o protagonismo dos jovens.
Entende-se como protagonista quem se assume como principal responsável pelos rumos de sua existência. Ter tal atitude é algo que pode ser ensinado a partir de boas oportunidades educativas. Portanto, a escola tem um papel decisivo nesse processo.
Continue descobrindo mais sobre como trazer a aprendizagem da sua escola para dentro das exigências da Educação para o século 21.
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