A jornada Realizando Escolhas, disponível na humane, oferece insumos para que educadores de todo o Brasil possam auxiliar seus estudantes a se autoconhecerem e utilizarem seus interesses para fazerem escolhas conscientes e alinhadas aos seus projetos de vida, especialmente no que diz respeito à dimensão profissional. Para os jovens de 14 a 18 anos e matriculados na 9ª série do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a jornada é uma ferramenta para o autoconhecimento e autonomia, apoiando-os a fazer escolhas alinhadas aos seus interesses, valores e projetos de vida, criando oportunidades para que ele atinja todo seu potencial.
Acesse a jornada Realizando EscolhasO Instituto Ayrton Senna acredita e promove a educação integral, que aborda todos as dimensões do estudante, garantindo o seu desenvolvimento pleno. A jornada Realizando Escolhas está alinhada a essa visão na medida em que apoia:
- o estudante a se autoconhecer, refletir e fazer escolhas para seu futuro de modo mais consciente e informado; preparar-se para as novas escolhas ao final da educação básica, dando continuidade dos estudos e realizando a escolha de carreira
- o professor a conhecer mais sobre os interesses dos estudantes e realizar boas orientações e feedbacks.
O estudante do Ensino Médio
A etapa do Ensino Médio é marcada por grandes descobertas e reflexões. Os jovens têm a necessidade de pensar sobre si mesmo dentro do contexto dinâmico e complexo do século 21, considerando seus interesses e desejos para fazer escolhas que possam impactar positivamente seu presente e seu futuro. Sua formação precisa promover a criação de oportunidades para desenvolver competências e habilidades relacionadas à formação de sujeitos autônomos, ao protagonismo juvenil e à tomada de consciência nas decisões e escolhas pautadas em seus interesses e em valores éticos.
Por isso, acreditamos que é preciso apoiar as escolas para que atuem como espaços em esses jovens tenham oportunidades de pensar criticamente sobre seus gostos e interesses, dialogando sobre o que esperam de si na vida escolar e para o futuro além dela. A partir do desenvolvimento do seu autoconhecimento, os estudantes estarão mais aptos para definir suas escolhas e construir suas e projetos de vida.
O que a BNCC nos diz?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza a importância das temáticas relacionadas ao mundo do trabalho na escola, numa perspectiva contemporânea. Aqui no Instituto, buscamos na ciência as bases para desenvolver uma ferramenta que traz valor a esse processo de escolha e tomada de decisão. Por isso, na jornada, o autoconhecimento e a identificação de interesses são organizados a partir de um instrumento de autoavaliação que oferece devolutivas orientadoras para os estudantes, representando uma verdadeira bússola que contribui para a diminuição da ansiedade trazida pela necessidade de decisão e o desenvolvimento de competências.
Pesquisas realizadas pelo Instituto indicam que o processo de tomada de decisão envolve alguns fatores importantes, como:
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Crença na capacidade de fazer algo bem (autoeficácia) e de explorar possibilidades;
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Resultados esperados que a decisão tomada poderão trazer;
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Experiências de vida;
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Objetivos estabelecidos;
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Quais ações tomar;
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Exploração das decisões e como lidar com suas consequências.
Esses são alguns dos fatores que norteiam a jornada desenvolvida para apoiar educadores e estudantes nesse processo.
Vale lembrar que os interesses e, consequentemente, as escolhas que orientam a construção dos projetos de vida dos estudantes podem mudar ao longo da vida à medida que vão conhecendo novas coisas sobre eles mesmos e sobre o mundo e com a sociedade, é importante oferecer caminhos de ampliação de repertório aos estudantes, a fim de que eles tenham mais informações para tomar as decisões que o Ensino Médio e a vida apresentam.
Quais evidências estão por trás da solução?
- Estudantes que participaram de atividades de discussão sobre carreira ou que tiveram experiências relacionadas ao mundo do trabalho no Ensino Médio tiveram tendência a ter salários melhores aos 30 anos.
- A competência geral 6 da BNCC orienta a mobilização da capacidade de entender o mundo do trabalho e de fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao próprio projeto de vida, com consciência crítica e responsabilidade. Isso envolve a prática da autogestão para definir objetivos claros e saber como alcançá-los de maneira ética, fazendo escolhas em relação à vida pessoal, profissional, acadêmica e social, além de estimular a liberdade e a autonomia.
- 50% dos estudantes brasileiros de melhor renda esperavam encontrar aconselhamento de carreira na escola, enquanto menos de 5% dos vulneráveis esperavam encontrar o mesmo apoio (PISA, 2018).
- É preciso preparar o jovem para os cenários futuros. 1/5 da população está atualmente em ocupações que tendem a ter a demanda diminuída até 2030, enquanto 1/10 estão em ocupações que tendem a ter a demanda aumentada.
A jornada na humane
A jornada começa com um material teórico sobre a temática. Para acessá-los, basta acessar os cards “Por que falar de escolhas?” e “Fundamentos da ciência”.
A jornada é composta por dois módulos principais:
Trilha formativa: cursos gratuitos, sendo um curso para professores que aplicarão o instrumento com o 9º ano do Ensino Fundamental e outro curso para aqueles que forem utilizá-lo com o Ensino Médio. Cada curso oferece o certificado de 3 horas de formação, além de materiais de orientação, como planos de aulas e atividades modulares.
Avaliação: neste momento, após o professor cadastrar a escola, a turma e os estudantes que participarão da avaliação, ele deve enviar um link para que os alunos cadastrados respondam o instrumento do Realizando Escolhas. Após o preenchimento do instrumento, é gerado um relatório de devolutiva personalizado com os resultados obtidos. No caso do estudante, os dados são referentes às suas respostas. Para o professor, é visto o panorama geral da sala, sem resultados individuais.
Como funciona o instrumento?
O instrumento de autovaliação disponível na jornada Realizando Escolhas tem base no modelo de Holland (RIASEC), que identifica seu perfil de interesse e oferece uma devolutiva orientadora bastante interativa. Este modelo organiza interesses, ambientes e campos de atuação, podendo auxiliar os estudantes nas escolhas formativas e de carreira. Conta com seis perfis:
REALISTA: prefere atividades concretas e produtivas, que tenham como base conceitos técnicos e tecnológicos e busquem a solução de problemas.
INVESTIGATIVO: procura atividades mais analíticas, se dedicando ao aprofundamento em conhecimentos, teorias e pensamento intelectual e científico.
ARTÍSTICO: gosta de criar e encontrar formas de expressar ideias e sentimentos. São originais, independentes e não conformistas.
SOCIAL: gosta de se relacionar com o outro, atuando em atividades em que possa orientar e auxiliar o próximo por meio de ocupações que priorizem o trabalho de apoio, cooperação e cuidado.
EMPREENDEDOR: busca desafios e não gosta de atividades excessivamente rotineiras. Se atrai pelo novo e inusitado e demonstra habilidades para negociação e decisão.
CONVENCIONAL: é organizado, gosta de planejar e busca eficiência em todas as suas tarefas. Evita atividades de risco e gosta de ser reconhecido por sua competência.
