Pela primeira vez em formato totalmente online, o III Encontro Anual da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE) reuniu pesquisadores de diversas áreas do conhecimento para abordar os impactos da pandemia na educação e compartilhar análises sobre como obter avanços nas práticas e resultados educacionais do País. O Instituto Ayrton Senna, que é apoiador da Rede CpE e também apoiou a realização do evento, esteve presente oferecendo a educadores um minicurso sobre competências socioemocionais.
Durante os três dias do evento, entre 22 e 24 de outubro, as especialistas do Instituto compartilharam com pesquisadores, professores da rede pública de ensino e estudantes de graduação o estado atual das pesquisas realizadas pela organização sobre a temática. No primeiro dia, Catarina Sette falou sobre a relevância das socioemocionais no contexto da pandemia; no segundo dia, Karen Teixeira apresentou as novas evidências sobre quais são as principais competências mais relevantes para os educadores em sua atuação; no terceiro dia Ana Carolina Zuanazzi abordou uma metodologia de monitoramento de competências socioemocionais para estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, como forma de apoiar as ações de desenvolvimento intencional e focado em sala de aula.
“Em todos os dias tivemos um público bastante considerável e muito interessado no tema. Mesmo sendo a última atividade, os educadores permaneciam e faziam perguntas e interações muito relevantes, foi um momento de trocas bastante estimulante!”, compartilhou Catarina. Em sua apresentação, ela destacou que o período atual suscita muita incerteza e instabilidade, além de ansiedade e medo, com vivências que podem ter provocado impactos na saúde emocional e na aprendizagem dos estudantes.
“As competências socioemocionais têm um papel importante no movimento de busca por alternativas para superar dificuldades e atravessar momentos desafiadores; o autoconhecimento e as habilidades para reconhecer e lidar com os sentimentos e emoções são essenciais para manter o equilíbrio, lidar com cada desafio e compreender as outras pessoas”, afirmou.
O evento também reuniu especialistas de diversas áreas como psicologia, economia, computação, ciências sociais, entre outras, e abordou temas como financiamento e gestão na educação, o impacto psicossocial do isolamento, novas tecnologias de pesquisa e intervenção em educação, além de caminhos em que as evidências científicas possam contribuir com as práticas educacionais e políticas públicas mais eficientes.